Baseado em um levantamento bastante completo sobre a vida conjugal e sexual dos brasileiros, patrocinado pelos laboratórios Pfizer e coordenado pela psiquiatra Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas, de São Paulo, alguns dados podem ser muito curiosos e despertam reflexões igualmente interessantes.
A pesquisa recolheu informações de quase 3.000 homens e mulheres entre 18 e 70 anos, de todas as classes sociais. A média nacional de relações é de três por semana. Esse número pode parecer exagerado aos casais que entraram no inevitável período de estabilização, mas ele é um pouco maior que a média de relações nos Estados Unidos.
Quanto ao grau de satisfação com a qualidade da vida sexual, 60% das mulheres e 68% dos homens consideram que a sua qualidade sexual é muito boa ou ótima. Somados aos que escolheram a opção "regular", essa proporções sobem para 86% e 92%, respectivamente.
No que se refere às preliminares, ao contrário do que pode estar pensando a maioria das mulheres queixosas, 81% de suas colegas sexualmente ativas estão contentes com as carícias que recebem antes do ato. A novidade, que supostamente não acontecia em outras épocas, é que mais de 62% dos homens demonstram grande preocupação em satisfazer suas parceiras durante essa fase preparatória.
Essas cifras, possivelmente satisfatórias, espelham uma mudança significativa no comportamento sexual. A partir da liberação sexual dos anos 70, as mulheres começaram a exigir mais prazer na cama e os homens aprenderam que não bastava ir direto ao assunto.